A vice-prefeita Célia Sacramento (PV) negou que a criação do Afródromo vá separar os blocos afros dos grandes circuitos do Carnaval, como afirmou o presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, em entrevista à Folha de S. Paulo. “O Afródromo vai dar mais visibilidade para os blocos que tradicionalmente deram origem a esse grande desfile. Quando Carlinhos Brown passou aqui no Campo Grande foi uma beleza, todo mundo ficou admirado. É isso que nós queremos resgatar”, afirmou em conversa com o Política Livre na tarde desta segunda-feira de Carnaval. Célia também afirmou que a capital baiana é uma das cidades mais racistas do mundo e citou números coletados pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur) que apontam o racismo como principal ocorrência do Observatório da Discriminação Racial, da Violência contra a Mulher e LGBT. “Salvador é sim uma cidade racista, basta ver os números registrados aqui no Carnaval, que colocam esse crime com 81% das ocorrências. Precisamos mudar isso, mas acredito que o Afródromo vai trazer as atenções para a cultura negra e os blocos afros sem nenhum tipo de segregação ”, concluiu.