Como eu gostaria que este artigo pudesse ser publicado no domingo próximo, para que a modesta homenagem fosse na forma justa e na data certa: 26 de Maio.Por lá, os sinos da Purificação, os foguetes dos festejos, a alegria agradecida do povo deveriam tomar conta das ruas para uma grande festa da vida.Também os novos escritores da cidade, os inspirados poetas de todas as idades, cantores e compositores de todas as gerações poderiam fazer um recital a céu aberto, mesmo com tempo de chuva, num “parabéns pra você” criativo, variando da marcha ao samba-de-roda. As filarmônicas de prontidão, Lira dos Artistas e Filhos de Apolo, encheriam as ruas com os sons dobrados da música eterna, que nunca faz silêncio na alma da gente.Sessão especial no Senado do Adro da Matriz, sessão solene na Câmara de Vereadores, com leitura pública de trechos de “Com os pés no Massapê”.Quem sabe se por lá não chegassem, de surpresa, os ex-alunos que hoje moram no “além Subaé”( Caetano, Bethânia, Emanoel, Trigueiros, etc) para responder à chamada, chamado do coração? E assim marcaríamos na melhor memória da cidade os 90 anos de um professor, um mestre, um amigo, um sábio que sempre nos deu aulas de sensibilidade e humanismo em belas prosas de sucessivas horas ou em frases precisas de poucas palavras.Em alguma sala do Teodoro Sampaio, ou em conversas improvisadas da rua.
Sonhei dessa maneira com o domingo próximo.Mas ele não quer homenagens, nem nada que assinale a gloriosa data.Cometo aqui uma perdoável traição e antecipo meus parabéns, como forma de gratidão: um abraço santo-amararense, mestre Édio Souza!
PS: Já que estou na trilha dos “santos da educação” de minha terra, devo informar que no dia 23, quinta-feira, às 15h, na comemoração do dia da África, a Assembleia Legislativa do Estado, em sessão proposta pelo dep. Bira Coroa, prestará bela homenagem à educadora e historiadora Zilda Paim, recentemente falecida.Não há desculpa para que Santo Amaro não esteja lá.
Jorge Portugal- educador e poeta.E-mail> secretaria@jorgeportugal.com.b
