O secretário de Agricultura quer transformar o centro de comercialização de animais no parque de exposições da cidade
São Felipe/BA- A Secretaria de Agricultura (Seagri) inaugurou neste sábado (01), o Centro de comercialização de animais em São Felipe, denominado Campo do gado Cristóvão Peixoto da Silva. O equipamento fruto de parceria da Seagri com a prefeitura municipal, permite a comercialização de bovinos, eqüinos, caprinos e ovinos direto do produtor, além de retirar do centro das cidades o trânsito de animais.
O prefeito Francisco Ferreira e a secretária municipal de agricultura, Cilda Meire aceitaram o desafio e disseram que os novos equipamentos resgatam a autoestima do povo de São Felipe e incentivam os pequenos, médios e grandes agropecuaristas, e em especial aos agricultores familiares. E que o objetivo é que o centro de comercialização de animais funcione ininterruptamente, realizando feiras e leilões de animais a cada 15 dias.
Eduardo Salles informou que no próximo domingo (9), estará em Muniz Ferreira, às 10h, inaugurando o centro de comercialização daquele município.
Infraestrutura- Estima-se, conforme dados da diretoria de Pecuária da Seagri, um volume de 500 animais, de aproximadamente 50 criadores e uma visitação de 300 produtores local em cada dia de feira de animais. Na Bahia há uma média de 35 centros de comercialização que pretende gerar uma receita aproximada de R$ 800 milhões por ano. A proposta é que estes 35 centros de comercialização ultrapassem a venda de 500 mil cabeças/ano, partindo da premissa de comercialização de 300 animais em 50 feiras anuais, a um preço médio/animal de R$ 1.500.
Conforme Luiz Miranda, diretor de Pecuária da Seagri, o Centro de comercialização de animais é formado por um conjunto de 32 currais, embarcadouro de animais em alvenaria, estrutura de acesso a um recinto de leilões, uma balança, coberta com capacidade para 1.500 kg e um quiosque para atender aos produtores no fechamento de negócios. “A agropecuária representa o principal fator econômico e social para o povo local, bem como, sua principal fonte de renda. Embora seja a principal vocação para o segmento, o rebanho depende de uma ação que promova o seu desenvolvimento”, afirma Miranda.
Em função da seca de 2012/213 as vendas de animais nos Centros de comercialização de animais sofreram uma queda de 55% em relação à média histórica: centros que comercializam 800 caíram para menos de 400 animais por feira.
Implantação do equipamento-
A implantação de um Centro de Comercialização de Animais alavanca a agropecuária local, cria oportunidades para estimular negócios na atividade, elimina a ação de atravessadores, e afasta das feiras livres e dos centros das cidades, a presença de condições insalubres.
De acordo com o secretário Eduardo Salles, este é um projeto de destaque da Seagri, uma vez que promove a comercialização de animais entre produtores, tornando viável a agropecuária, para que assim, evite êxodo rural e garanta a presença da mão de obra produtiva local.
Os centros de comercialização modificam, organizam e estruturam toda a pecuária, tanto de pequenos como de médios produtores. Os municípios que têm um centro de comercialização de animais tende a alavancar a pecuária, diz Salles acrescentando que o Centro é de extrema importância para o desenvolvimento da agropecuária local por ser um espaço que permite, além da comercialização, a troca de animais e tecnologias. Participaram do evento o prefeito de Muniz Ferreira, Clóvis Penine, secretário municipal de agricultura de Muniz Ferreira, Humberto Filho, vereadores e lideranças do setor agropecuário.
Jornalista Valéria Esteves Mtb- 1139