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Câmara de Vereadores de Nazaré realizou Audiência Pública para debater solução para tirar Hospital Gonçalves Martins da crise que o assola







Numa demonstração inequívoca de comprometimento da Câmara Municipal de Nazaré das Farinhas, no que concerne à defesa intransigente dos interesses da população, notadamente na área de saúde, foi realizada, na manhã dessa terça-feira, 09, nessa egrégia casa legislativa, uma Audiência Pública tendo por escopo a busca de alternativas para que o Hospital Gonçalves Martins, pertencente à Santa Casa de Misericórdia do município, possa voltar a funcionar a contento, de maneira a atender à população local e dos municípios vizinhos (Muniz Ferreira, Aratuípe, Jaguaripe e Salinas da Margarida).
Compuseram a mesa, além da vereadora Anita Brito (Presidente da Câmara), Jandira Barbosa (Vice-Prefeita e Secretária de Cultura de Nazaré), Carlos Dumet e Laura Queiroz (representantes do Hospital Espanhol e Fundação José Silveira, acompanhados de Paulo Vidal) e Janina Schuenck (Promotora Pública).

Também marcaram presenças, representando Jaguaripe, Dr. Heráclito Arandas (Prefeito Municipal), acompanhado de Larissa Costa (Secretária de Saúde), Pepezinho (presidente da Câmara), Hunaldo Costa (Vice-Prefeito) e Antonio Nunes “Bode” (vereador), representando esse município; representando Muniz Ferreira, Rogério Santos (Secretário de Saúde); representando Aratuípe, Eliana (Secretária de Saúde); representando Nazaré (além dos que compuseram a mesa), Zé Carioca (Provedor da Santa Casa), todos os vereadores, funcionários do Hospital Gonçalves Martins e representantes de segmentos da sociedade local.
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O Hospital Gonçalves Martins é uma instituição centenária, com relevantes serviços prestados a toda região e que, mergulhada numa crise administrativo-financeira sem precedentes, materializa os tão recriminados “elefantes brancos” que, aqui e acolá, infelizmente, não vêm atendendo finalidades específicas por razões que escapam à vontade da população, em face do acúmulo de dívidas junto aos médicos e demais profissionais de saúde que servem ou que já serviram à essa entidade de saúde, além de dívidas com à Santa Casa. Segundo o representante do Hospital Espanhol e Fundação José Silveira, Carlos Dumet, em explanação audiovisual, (convidado pela Câmara Municipal para esclarecer aos vereadores, Ministério Público, Prefeitos, Secretários Municipais e funcionários, sobre a real situação do Hospital), essa entidade (pasmem), dos 131 empregados, apenas 1 médico para “servir” à população. Segundo Carlos Dumet, a entidade conta apenas com repasse de R$ 242,818,00, por parte da SESAB, e que sedimenta um déficit mensal de R$ R$ 233.902,00, tendo acumulado, nesse primeiro quadrimestre, uma dívida de R$ 935.608,00, para com folha de pessoal, médicos, materiais e outras despesas. Dentre os que fizeram uso do microfone para debater sobre a necessidade de alternativas a curto prazo, o Prefeito Arandas (Jaguaripe) que, além de lamentar sobre a situação, prometeu integrar o GT (Grupo de Trabalho) para buscar saídas para esse impasse.
Prosseguindo, prometeu, desde já, em se consolidando a parceria proposta com outros municípios, disponibilizar um médico, por conta de seu município, para atender no Hospital em epígrafe. O vereador João Paulo (Nazaré) defendeu que, além do gerenciamento administrativo, o Hospital Espanhol deve, também, participar da parceria financeira, junto com os municípios pactuantes.

A promotora pública procurou mediar a situação, inclusive nos momentos açodados, além de se comprometer a cobrar junto à SESAB, o aumento do repasse financeiro para a entidade em apreço. O Secretário de Saúde de Nazaré, Almir Reis, foi veemente ao destacar as dificuldades enfrentadas pelos municípios, no que concerne à área de saúde e que é preciso comunhão de esforços para que “saídas” sejam encontradas para debelar a crise que assola o Hospital e que prejudica a população. “Zé da Carioca” foi taxativo ao posicionar-se de forma contrária a qualquer tipo de venda de qualquer patrimônio da Santa Casa para pagamento de dívidas e, em determinado momento, contestou as colocações de determinada pessoa que chegou a acusá-lo de ter participado de uma reunião com o intuito de vender determinada área da Santa Casa. Rebateu dizendo que chegou a haver tal reunião mas que a transação não chegou a ser efetuada mesmo porque, segundo ele, não contava com sua aquiescência. Todos os demais debatedores bateram na “mesma tecla” dando ênfase à necessidade de parceria entre todos os município da região. Matéria conjunta TVSAJ/Jornal Gazzeta. Fotos Júlio Mascarenhas (www.tvsaj.com)