De um lado, a população que, de "mãos atadas" sofre com o "sono letárgico" que, infelizmente toma conta do Hospital Gonçalves Martins, em Nazaré das Farinhas que, envolto por uma crise administrativo-financeira sem precedentes, deixa à deriva todo um contingente populacional desse e dos municípios circunvizinhos de Muniz Ferreira, Salinas da Margarida, Aratuípe e Jaguaripe.
Nazaré que sedia um dos mais antigos (centenário) estabelecimentos de saúde do país (mantido pela Santa Casa de |Misericórdia) mas que, infelizmente, em que pese esforços da administração Milton Almeida/Jandira Barbosa, não tem como canalizar recursos para fomentar despesas operacionais e com funcionalismo (salários e direitos trabalhistas) que, acumuladas, já atingem cerca de 1 milhão de reais, conforme explanação realizada por representante do Hospital Espanhol/Fundação José Silveira. O município chegou a canalizar o montante de R$ 100.000,00 mensais para agregar-se aos R$ 242.000, 00 direcionados pela SESAB.
No outro lado, a população que, "aparentemente impotente", já que detém a força do voto nas urnas, amarga a tristeza de não contar com serviços que, " apriori" seriam garantidos constitucionalmente.No meio disso tudo, o Hospital Espanhol assumiu o gerenciamento do Hospital em epígrafe, todavia, mostrou-se impotente em poder “curar” esse “paciente” que, em que pese relevantes serviços prestados a toda região, necessita, urgentemente, “sair da UTI”, sob pena de levar “à gangrena” todo um estado de descaso que, infelizmente, permeia a saúde deste país. O Hospital Espanhol, pelo que se propala, também vinha sofrendo grave crise financeira. Teve que realizar demissões no quadro de funcionários. Em que pese cortes efetuados e que acabaram prejudicando funcionários antigos, continua tentando continuar nesse desafio para salvar, repetimos, esse gigante que, infelizmente, "respira através de aparelhos".
O prefeito de Aratuipe, Heráclito Arandas, em seu pronunciamento, nessa terça-feira, foi enfático ao dizer, em outras palavras, que não via horizonte tangível na pretensa tentativa do Hospital Espanhol, no momento em que ensaia a contração de empréstimo financeiro para tentar para sanar o passivo existente no Hospital de Nazaré já que essa renomada instituição da Capital do Estado, também “navega” em “águas turbulentas”, ou seja, “não está bem das pernas” financeiramente.
Além de reunião acontecida na última terça-feira, 09, na Câmara de Vereadores, com participações da promotora pública Janina Schuenck, representantes do Hospital Espanhol, Heráclito Arandas (Prefeito de Jaguaripe), Secretários de Saúde de Nazaré, Aratuípe, Jaguaripe e Muniz Ferreira, vereadores, funcionários do Hospital e representantes de diversos segmentos da sociedade, buscando alternativas plausíveis a curto e médio prazos, foi realizada nessa quinta-feira, 11, no Hospital em epígrafe, mais uma reunião contando com participações da promotora pública Janina Schuenck, Ana Paula e Paulo Vidal (representantes do Hospital Espanhol), Sandra Lago (Prefeita de Aratuípe); Secretários de Saúde Almir Reis (Nazaré), Eliana (Aratuípe), Rogério Santos (Muniz Ferreira), Larissa Costa (Jaguaripe), Vice-Prefeitos Jandira Barbosa (Nazaré), Welson (Aratuípe), vereadores (Anita-Presidente da Câmara-, Jorgina, Dau e Eval), integrando a comissão representativa do Poder Legislativo de Nazaré; Luiz Henrique Prazeres, dentre outros nomes. Segundo a promotora, houve avanços nesse segundo encontro, ficando agendado um novo encontro para direcionar os procedimentos. Além da imperiosa necessidade de parceria logística e financeira por parte dos municípios diretamente beneficiados com o funcionamento do Hospital, com certeza será feita uma injunção junto à SESAB (Secretário Jorge Sola) para aumento do repasse que até então vem sendo efetuado. Entendemos que o Sr. Secretário Jorge Sola deve ser sensível a essa postulação. 
Ele, inclusive, vem sendo citado como um dos nomes que fazem parte das opções do PT para sucessão ao governador Jaques Wagner. Independente de suas pretensões partidárias seria de bom alvitre que atendesse às postulações que serão reiteradas, afinal, o contingente eleitoral desses municípios prejudicados poderá ser decisivo caso ele, lá na frente, possa estar a enfrentar a frieza das urnas. Não estamos aqui a querer justificar o passivo financeiro que deixa o Hospital nessa situação, por outro lado, não podemos aceitar que essa situação possa perdurar.O povo está indo às ruas justamente para “brigar” pelos seus direitos. O povo de Nazaré e desses municípios merecem respeito. Tudo isso que está acontecendo nada mais é do que a materialização de todo um quadro de descaso que, infelizmente, causaVERGONHA. Matéria conjunta TVSAJ/Jornal Gazzeta.Foto Júlio. Texto Antonio Mascarenhas.
