O Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus promoveu nesta segunda-feira, 06, no auditório da Unidade uma palestra para os profissionais de Saúde onde o tema principal abordado foi o a febre chicungunya.
Na ocasião, a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da 4ª Dires , Rita de Cássia Carvalho pontuou principais sintomas da febre chicungunha onde os sinais aparecem entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado. Entre eles está a febre repentina, com dores nas articulações, principalmente nos tornozelos, pulsos e articulações das mãos, dor de cabeça, dor muscular, náusea, vômitos, manchas vermelhas na pele e conjuntivite. O principal sintoma são as dores intensas nas articulações. Diferente da dengue, uma parcela das pessoas infectadas pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre seis meses e um ano.
Vanda Moreira, enfermeira da Unidade, ressaltou que objetivo da palestra foi passar alguns esclarecimentos sobre a febre chinkungunya, considerando a existência de casos da doença já em Feira de Santana e Riachão do Jacuípe.
“Precisamos estar atentos sobre a febre chinkungunya, por isso resolvemos convidar a coordenadora da Vigilância da 4ª Dires Rita de Cássia para tratarmos mais sobre o assunto e assim desenvolver um trabalho intersetorial efetivo para controle da doença e o adequado atendimento dos pacientes na nossa Unidade”.
Entenda:
O que é a febre chikungunya? É uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá.
O certo é que o chikungunya está migrando e chegou às Américas. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
Como acontece a transmissão? O vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitido pela picada de mosquitos do gênero Aedes: A.aegypti e A. Albopictus, que também são transmissores da dengue.
Como é o tratamento? Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação. Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.
Há Prevenção? Não existe vacina contra febre chikungunya. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença
Andréa Sued DRT 2055 Jornalista Instituto Fernando Filgueiras
