A prevalência de pressão alta em crianças e adolescentes cresce na esteira da epidemia de obesidade infantil, no mundo todo. Nesses grupos etários, os critérios para o diagnóstico costumam basear-se em tabelas obtidas a partir dos níveis de pressão apresentados por milhares de crianças e adolescentes. Consideramos hipertensão quando uma criança apresenta pressão máxima (sistólica) ou mínima (diastólica) acima de 95% das outras do mesmo sexo, idade e altura. Quando esses níveis caem na faixa dos 90% a 95% mais altos, classificamos como pré-hipertensão. Para o diagnóstico, a pressão deve ser confirmada pela média de três medições consecutivas, com aparelho adequado ao tamanho da criança e em obediência à melhor técnica (criança em repouso, pernas descruzadas, sentada, com o manômetro insuflado no braço posicionado à altura do coração, etc.).
É importante identificar precocemente esses casos, para evitar complicações futuras. Estudos mostram que 40% dos adolescentes recém-diagnosticados como hipertensos, já apresentam hipertrofia do ventrículo esquerdo, alteração associada ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca. Aumento da mortalidade, insuficiência cardíaca prematura, endurecimento das artériase doença coronariana em adultos com menos de 55 anos de idade têm sido atribuídos a níveis elevados de pressão desde a infância e adolescência. O tratamento da pressão alta dependerá das causas. Se não existirem razões orgânicas que a justifiquem, o primeiro passo é iniciar programas de exercícios aeróbicos, dietas balanceadas (mais frutas e verduras, menos gorduras e carboidratos) e redução de sal. Leia mais em www.euvaldorosa.com.br
