O secretário de Cultura do Estado, Jorge
Portugal, teve uma reunião com representantes da FEBAF (Federação das Bandas
Filarmônicas da Bahia) de diferentes territórios de Identidade reuniram-se na
tarde desta sexta-feira (10.04), com o objetivo de discutir incentivos e apoio
a estas instituições tradicionais de música. No gabinete do secretário, foi
entregue uma carta da entidade com as demandas discutidas e o contexto atual
das filarmônicas. Além da FEBAF, o encontro teve a presença de Joel Barbosa,
professor de música da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Cássio Nobre,
coordenador de Música da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
O documento foi lido por Letto Nicolau
Santos, da Filarmônica Capitania dos Ilhéos, da cidade de Ilhéus. A carta
apresentou as seguintes demandas: destinação do espaço físico para a criação de
uma sede da FEBAF, participação da FEBAF na concepção e acompanhamento do
programa de Fomento às Filarmônicas da Funceb, criação de um setor na Funceb
para cuidar de assuntos relativos às especificidades das filarmônicas, garantia
da presença das filarmônicas na programação do 2 de julho e disponibilização de
recursos para articulação da FEBAF nos 27 territórios de Identidade da Bahia.
“Temos necessidades específicas para formar
uma filarmônica que incluem recursos para os processos legais e burocráticos,
como a criação de CNPJ e um estatuto, além de recursos humanos, como a
contratação de profissionais do corpo artístico, como um regente”, ressaltou
Santos. O músico também destacou que não há filarmônicas 100% estáveis na
Bahia. Em resposta aos pedidos da classe artística, Portugal disse que fará uma
articulação com o IPAC para a criação da sede e que todas as outras demandas
serão contempladas. “O nó primeiro é conseguirmos essa casa com espaço adequado,
como foi a Casa das Filarmônicas”.
Cássio Nobre, por sua vez, adiantou que
existe uma comissão interna da Funceb que faz a programação musical do 2 de
julho e que sempre tem a preocupação de incluir filarmônicas no evento. O
coordenador de música da Funceb também destacou que já foi feita uma proposta
de reformulação do Programa de Apoio às Filarmônicas (criado pela Funceb e
patrocinado pela Caixa Econômica) e apresentou uma questão aos presentes: qual
será a perspectiva quando acabar o patrocínio? “Cabe estudarmos outros modelos
existentes, como é o caso do Neojiba. Temos que ver níveis de aproximação
desses modelos, como é o caso do seu Núcleo de Reparos de Instrumentos,
Digitalização e Disponibilização de Acervos que contemple as filarmônicas.
Estamos estudando esses modelos”.
A criação de um portal virtual que unisse
todos os acervos das filarmônicas, a ser gerenciado pela FEBAF, e a inserção
das filarmônicas nos 17 espaços culturais da SecultBA espalhados na Bahia, na
apresentação de concertos por exemplo, foram também colocados em pauta no
encontro.
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Assessoria de Comunicação
Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB
