Deputado estadual de segundo mandato, Alan Sanches confirmou que tentará se manter na Assembleia Legislativa em 2018. Havia especulações nos bastidores de que ele poderia abrir espaço para o filho, o vereador de Salvador Duda Sanches, para se aventurar em uma candidatura à Câmara Federal.
“Não, eu acho que isso fica para 2022. A não ser que aconteça alguma coisa, porque você não pode fazer uma programação tão longa de decisões políticas, mas se não tiver nenhuma mudança no cenário, será mais ou menos isso”, projetou em entrevista exclusiva ao bahia.ba
Atualmente no DEM, ele teve passagens por PSDB e PMDB, antes de ajudar na fundação do PSD, do qual foi líder na Assembleia Legislativa da Bahia e presidente municipal da capital baiana. Sanches garante que deixou a sigla sem rusgas com o senador Otto Alencar e revelou desejo de o grupo imitá-lo, e trocar o apoio ao governador Rui Costa para integrar as hostes do prefeito ACM Neto.
“Saí sem briga. Fui líder do PSD. Não estava sendo satisfatório para mim fazer parte do governo do Estado. O PSD continuou. Preferi sair e quebrar essa ligação com o PT. Sou médico de formação, de atuação. Fui presidente da Sociedade Regional da Bahia de Ortopedia e os médicos não aprovam o governo do PT. Isso vinha me atormentando muito. […] Quem quiser vim apoiar essa chapa de ACM Neto, puxando a chapa vitoriosa, a gente tem que agregar. Quem quiser agregar, a gente fala: ‘venha para cá’. Não só o PSD, qualquer outro partido. O PR, PP. Todos os partidos que acreditarem que ACM Neto tem o melhor projeto”, convidou.
Incentivador da candidatura de Neto ao governo do Estado, o democrata não só o credencia como “favorito” na disputa, como assegura que, internamente ao partido, não há plano B. “Não existe essa discussão. Nós temos um candidato, esse candidato é ACM Neto. No momento certo ele vai declarar isso”, previu.
Em relação ao seu mandato, o deputado avisa que, enquanto o Palácio de Ondina não quitar as emendas parlamentares, não terá vida fácil para aprovar projetos na Casa. “O senhor Rui Costa deu a palavra ao presidente da Assembleia, Ângelo Coronel (PSD). Disse que até dia 31 de julho estaria equacionando o que ele precisa resolver por lei, e ele não fez. Nós da oposição temos uma decisão já tomada na bancada. O que nós pudermos travar ali, nós vamos travar. Pois a emenda não é para o deputado. Nós colocamos aquela emenda nos municípios para ajudar a população”, disse.
