A Polícia Federal abriu outra frente de investigação como desdobramento da Operação Cui Bono?, apurando indícios de lavagem de dinheiro do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) por meio do “falso aluguel de maquinário agrícola para suas fazendas” na Bahia. Preso em Salvador, Geddel está no presídio da Papuda.
Os pagamentos que foram incluídos na investigação somam R$ 6,3 milhões de um valor de R$ 7,1 milhões ainda a serem repassados. Uma semana antes da apresentação da denúncia pela procuradora-geral da República Raquel Dodge, o relatório do inquérito sobre o bunker dos R$ 51 milhões foi entregue ao ministro Edson Fachin, do STF.
De acordo com a apuração, Geddel Viera Lima utilizava a empresa JT Terraplanagens, de propriedade de Valério Sampaio Sousa, apontado como um ‘funcionário informal do ex-ministro para fazer os supostos falsos alugueis de maquinários agrícolas”. A Polícia Federal detalha que Geddel é dono de 12 fazendas no interior da Bahia, que totalizam cerca de 9 mil hectares, com valor de R$ 67 milhões segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.
“Apesar dessa alta quantidade, o aluguel de um número elevado de máquinas agrícolas, trabalhando muitas delas por mais de 12 horas diárias, ao longo de mais de três anos toma tal prestação de serviço suspeita à pratica de delitos”, aponta o relatório.
