O deputado estadual Hildécio Meireles (PMDB) não descartou nesta sexta-feira (19) a possibilidade de deixar o partido. Em entrevista ao Bahia Notícias, o peemedebista afirmou que está analisando a situação da sigla no estado, atingida fortemente por uma crise de imagem provocada pela situação de seus principais líderes, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima. Enquanto Geddel está preso, Lúcio foi denunciado pelo Ministério Público Federal por supostamente ter ajudado o irmão a esconder os R$ 51 milhões encontrados pela Polícia Federal em um bunker, em Salvador, na maior apreensão da história da corporação. “Estamos aguardando o momento oportuno para, se for o caso, sair. Em princípio, não quero sair. A gente espera que o partido avance, dê uma melhorada, uma repaginada.
Se acontecer isso, ótimo. Se não, vamos aguardar o momento pra tomar uma decisão. Vou trabalhar para precisar não acontecer. Mas que a possibilidade existe, existe”, enfatizou. O peemedebista ponderou que a executiva estadual da legenda, comandada atualmente pelo deputado estadual Pedro Tavares, está fazendo um “esforço grande” para amenizar a crise, mas avalia que é preciso envidar mais esforços e mudar o cenário. “A gente está tentando fortalecer o partido, trazer lideranças que fortaleçam o partido, consolidadas, mais densas do ponto de vista eleitoral”, afirmou o parlamentar, que enxerga “falta de musculatura” atualmente no PMDB.
“Precisamos robustecer essa musculatura para, quem sabe, ter uma vaga na chapa [majoritária]”. Ainda na avaliação dele, o partido não está com o espaço na majoritária perdido, apesar de ACM Neto se distanciar cada vez mais da agremiação, mas ainda não tem um nome que reivindicar a vaga. “Eu creio que, na verdade, a chapa de Neto não está nada definida. Mas, se tiver um nome com densidade eleitoral para reivindicar uma vaga, é legítimo. Para isso, o partido precisa se robustecer”, opinou Hildécio, ao dizer também que só soube da insatisfação de Neto com o PMDB pela imprensa. O deputado declarou, ainda, ter acompanhado apenas pelos veículos de comunicação os rumores sobre a saída do vice-prefeito Bruno Reis da legenda. “Conversei com ele esses dias, mas o assunto não veio à tona”.
O parlamentar ainda falou sobre as articulações para substituição do deputado estadual Leur Lomanto Júnior na liderança da oposição. Com o nome aventado para o posto, Hildécio disse que só aceitará conversar sobre o assunto caso Leur abra mão de mais um período como líder da bancada. “Se ele sair da liderança, meu nome está à disposição da bancada, sem ter nenhum tipo de competição interna. Se ele continuar, estou junto, como liderado”, concluiu.Bahia Noticias
