“Se Bell não estiver na Avenida, não tem Carnaval!”. Foi com essa frase que o operador de máquinas Raimundo Souza, 57 anos, resumiu a pipoca do cantor Bell Marques que reuniu foliões de diferentes gerações na noite de quinta (8), no circuito Barra/Ondina. Músicas da carreira solo se misturaram aos clássicos do Chiclete com Banana no primeiro dia de folia do artista.
Fã de Bell há 20 anos e da folia sem cordas, Raimundo foi curtir a festa com a família e até cantarolou uma música de sua autoria para homenagear a festa. “Eu quero, eu quero/ Ir atrás do trio/ Sou da pipoca, sem cordas eu vou pular”, diz o trecho. “Essa folia é muito massa!”, completou a vendedora Jéssica Santos, 21, que estava logo adiante pulando com as mãos para o alto.
“Na verdade, a gente já fazia a pipoca desde 1981. O bloco é muito bom, mas a pipoca é uma forma de estar perto das pessoas”, disse Bell Marques, que este ano comemora os 40 Carnavais do Camaleão, bloco que ajudou a popularizar o artista dentro e fora da Bahia. “Começa hoje e a gente tem muito chão pela frente, muita coisa boa”, completou.
Foi na base da água que o barbeiro e vigilante baiano Mário Gonzalez, 41, acompanhou a pipoca de Bell. Fã do cantor há mais de 20 anos, Mário disse que não só o preparo físico ajudou, mas outro fator importante: o próprio cantor. “Bell é a força que move o mundo!”, garantiu. “É o melhor cantor do mundo! Não tem Elton John, não tem Michael Jackson!”, disse rindo.
Fãs de Bell há 30 anos, o engenheiro Ian Gonçalves, 55, e a bancária aposentada Suzana Rennó, 54, vieram de Campinas, São Paulo, para curtir a pipoca de Bell. “Sou chicleteiro desde criança!”, garantiu Ian que ficou emocionado durante a passagem do artista.
“Ele quase chorou. Emoção demais!”, completou sua mulher, Suzana, que se preparou fisicamente para aguentar o pique da pipoca. “A gente faz academia, né? Senão não aguenta. Quer ir pra Salvador? Tem que fazer academia pra aguentar”, disse rindo.
Único a tocar todos os dias de Carnaval, de quinta a terça, Bell vai se apresentar em camarotes após o percurso de seis horas da Barra a Ondina, durante três dias. O artista de 65 anos faz, ainda, shows em Porto Seguro, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, no dia do Desfile das Campeãs. Ou seja, são mais de 40 horas de música que ele promete cumprir em seis dias de folia. Vumbora? Correio da Bahia