Primeiro a gravação feita pelo empresário Joesley Batista, divulgada em maio do ano passado, agora o decreto dos portos que teria beneficiado a Rodrimar. Ambas as acusações envolvendo o presidente Michel Temer são, na avaliação do próprio, desrespeito aos valores constitucionais de direitos e garantias individuais.
Temer garantiu que vai resistir a essa "disputa" de espaço para "saber quem vai ganhar". "Dirijo-me a todos para dizer que resistirei. Não apenas em função da minha honorabilidade ao longo do tempo, mas sim em nome dos meus longos anos de aprendizado democrático e de culto ao Direito nos mais de 30 anos em que dei aulas de Direito Constitucional", disse ele.
O presidente se coloca no texto como responsável por ter feito do Brasil "um país em forte recuperação econômica, administrativa e institucional", sucesso que atingiu educação, saúde, agricultura, meio ambiente, integração nacional, turismo, esporte e a recuperação das estatais. O presidente também avaliou a relação do Executivo com o Legislativo, que pela primeira vez ambos governam em conjunto segundo O Estado de S. Paulo.
O presidente citou como exemplo as conquistas que obteve em dois anos - como a reforma trabalhista. Apesar da declaração, já havia saído na imprensa que Temer distribuiu R$ 15 bilhões em programas e emendas para aliados na ocasião da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente.