Segunda, 29 de Maio de 2018
substituído por um culto ecumênico às 07 h30 em frente à Prefeitura Municipal e hasteamento da bandeira.O prefeito Rogério Andrade “Tenho certeza que essas decisões são de interesse de toda a população. Lamentavelmente tivemos que fazer isso porque estava tudo organizado, mas decidimos com todo nosso secretariado suspender todo e qualquer show”, disse. A decisão do gestor municipal aconteceu durante reunião com todos os secretários do seu governo e os membros do seu gabinete, que na oportunidade, avaliaram os efeitos da greve dos caminhoneiros, em especial, do desabastecimento que atinge os postos de combustível do município.O prefeito Rogério reafirmou que respeita o movimento e apoia qualquer protesto legítimo e ordeiro por um país melhor. Ainda garantiu que vai lutar para garantir a manutenção dos serviços essenciais à população.
Aponta-se como fatores relevantes para o povoamento desta localidade a fertilidade de suas terras, a exuberância de suas matas, com valiosas madeiras de lei, a abundância dos recursos pluviais (rio Da Dona, rio Jaguaripe, rio Sururu e alguns riachos) que propiciava a plantação de cana-de-açúcar com o estabelecimento de pequenos engenhos; além da existência de tabuleiros próprios para a atividade agrícola, a qual teve como principal fonte de exploração o cultivo de mandioca. No século XVIII já havia um grande número de lavradores de farinha, dentre os quais se sobressaíam os nomes dos padres Mateus Vieira de Azevedo, José Ferreira de S. Paio e Bento Pereira.
O padre Mateus Vieira de Azevedo é uma das figuras que mais se destacara no processo de desbravamento do município de Santo Antônio de Jesus. Sua residência, nas proximidades do rio Sururu foi transformada no primeiro povoado do município, onde foi erguido o oratório consagrado a Santo Antônio de Jesus. Em 23 de setembro de 1777, o oratório foi transformado em Capela, e em 19 de junho de 1852, foi elevada à categoria de Igreja Matriz. Em torno da capela, onde atualmente encontra-se a Praça Padre Mateus e a Matriz de Santo Antônio de Jesus, surgiram os primeiros arruamentos que deram origem ao município.
Foto da antiga Praça Padre Mateus, com a Igreja Matriz
Segundo a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, (1958, p.36), no ano de 1875, Santo Antônio de Jesus alcançava, então, 9.654 habitantes, sendo destes 4.000 escravos e 3.000 estrangeiros que viviam no seu território, onde o analfabetismo atingia a 8.320 pessoas. Em 29 de maio de 1880, de acordo com a Lei 1952, a freguesia da paróquia de Santo Antônio de Jesus foi elevada da categoria de vila, desmembrando-se dos municípios Nazaré, São Miguel e Nova Laje. Em 30 de julho de 1891, o governo do Estado elevou a vila à categoria de cidade, ano em que ocorreu a inauguração da estrada de ferro, da qual Santo Antônio de Jesus seria fim de linha durante uma década, ocasionando um grande impulso para o desenvolvimento comercial do município.
O antigo prédio da Cadeia Pública abriga hoje o Centro Cultural da cidade de Santo Antônio de Jesus.
Esse município sempre apresentou uma riqueza nas suas tradições religiosas e culturais, com destaque para os festejos do padroeiro do município, em que se realiza a famosa trezena de Santo Antônio. Também são festejados os dias de São João, São José e São Benedito. A história do município também foi fortemente marcada por embates políticos, havendo a existência de centros abolicionistas, republicanos, conservadores e liberais. Atualmente, esse município, também denominado de Cidade das Palmeiras, devido a suas palmeiras seculares (de que hoje restam alguns exemplares no centro da cidade), possui uma extensão territorial de 252 Km² e apresenta um clima salubre e chuvoso, com as estiagens ocorrendo de setembro a março, sem que se possa considerar período de seca.

