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Interrupções e machismo marcam sabatina de Manuela D'ávila no Roda Viva


Manuela d'Ávila, pré-candidata à presidência pelo PCdoB, teria sido interrompida pelo menos 62 vezes durante entrevista no Roda Viva na segunda (25). De acordo com um levantamento feito pelo Mídia Ninja, o número de interrupções a Manuela foi sete vezes maior do que as 8 feitas na participação do programa com o pré-candidato Ciro Gomes (PDT).

O caso com a comunista no programa da TV Cultura repercutiu negativamente. No Twitter, internautas classificaram a postura dos entrevistadores com Manuela como “manterrupting”, prática sexista em que homens interrompem constantemente uma mulher de maneira desnecessária, não permitindo que ela consiga concluir sua frase.

A palavra é uma junção de “man” (homem) e “interrupting” (interrupção) e, traduzida, significa “homens que interrompem”. “Apesar de concordar com quase nada do que a Manuela defende, a entrevista dela foi revoltante. A mulher não conseguia falar uma frase sem ser interrompida! Deus me livre”, escreveu uma mulher na rede social. No Twitter, o jornalista Xico Sá também se mostrou incomodado com uma suposta “arapuca” ideológica feita na entrevista.

“Uma emissora educativa, bancada pelo Estado (de SP), não pode transformar um programa jornalístico em arapuca ideológica -seja lá contra quem for. O episódio Manuela d'Ávila foi uma indecência”, escreveu.