Em 20 anos e seis eleições gerais a Bahia contou com apenas 15% de representação feminina nas candidaturas ao governo do estado. É de conhecimento comum que o estado nunca teve uma governadora, e, apesar das mulheres representarem mais de metade da população desde os anos 90, segundo dados do IBGE.
Nestas duas décadas apenas seis foram candidatas à chefia do executivo da Bahia, na contramão, 34 homens concorreram ao cargo neste período. Em 1998 a eleição de governador do estado contou com quatro candidaturas, apenas uma delas foi feminina. Nos anos de 2002 e 2010 não houve nenhuma candidata.
As eleições do ano de 2006 e 2014 tiveram duas candidatas mulheres cada, enquanto homens foram seis e quatro respectivamente. Em 2018, a representação segue a média do estado ao longo desses anos. Há apenas uma mulher na corrida pelo Palácio de Ondina, a candidata Célia Sacramento (Rede) segundo informações do Bahia Notícias. Em junho deste ano, a Folha publicou que ,ulheres são apenas 15% entre os candidatos a governador.
A cientista política, professora da Universidade Federal da Bahia e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP (Universidade de São Paulo) Teresa Sacchet destaca que esse percentual de mulheres nos cargos é baixo em todas as esferas.
“Não é uma exceção, mas norma. Se não houver medidas legislativas que forcem os partidos a colocar mais mulheres como candidatos, vão continuar dando preferência aos homens, por considerar que eles são mais articulados e pelo fato de as direções executivas dos partidos serem compostas na maioria por homens”, afirma.
