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Um ano da tragédia: O que se sabe do caso da tragédia com a lancha Cavalo Marinho I

Em 24 de agosto de 2017, a lancha Cavalo Marinho I, que fazia a travessia Salvador - Mar Grande, naufragou na Baía de Todos-os-Santos, cerca de 20 minutos após deixar o terminal marítimo situado na localidade do município de Vera Cruz, na região metropolitana de Salvador segundo informações do G1. A tragédia aconteceu a 200 metros da costa.

O naufrago é considerada pela Marinha como a maior ocorrida nos últimos 20 anos no estado: ao todo, 19 pessoas morreram e 89 ficaram feridas. Ao todo, 120 pessoas, entre passageiros e tripulantes, estavam a bordo da embarcação, que pertence a CL Transporte Marítimo. O barco tinha capacidade para cerca de 160 pessoas.

No dia do acidente em 2017, 129 pessoas adquiriram bilhete para fazer a travessia, no entanto, nove delas não embarcaram. Do total de pessoas que estavam na lancha, quatro eram tripulantes. Outros quatro passageiros eram policiais militares - nenhum deles morreu. O resgate dos passageiros se deu por meio de barcos oficiais e de embarcações particulares. Na manhã do acidente, que aconteceu por volta de 6h30, chovia bastante.

De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), naquele momento, a velocidade média dos ventos era de 31,3 km/h - a velocidade registrada em Salvador, normalmente, é de 8 km/h. Um dia antes da tragédia, o Inmet registrou ventos com velocidade média de 46 km/h.

No mesmo dia, a temperatura prevista oscilava entre 20 e 27 graus. Os ventos acima da média eram consequência de uma frente fria que havia chegado no estado a poucos dias. A empresa proprietária da Cavalo Marinho I é dona de três dos 10 barcos que operam no serviço de transporte hidroviário de passageiros.

De acordo com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), a CL, juntamente com a Vera Cruz Transportes e Serviços Marítimos, é vencedora de um processo licitatório aberto em 2012 e detém a concessão dos serviços por um prazo de dez anos.

A Cavalo Marinho I tinha 44 anos de construção e, segundo informações da Capitania dos Portos, estava regular. Quatro dias antes da tragédia, o barco tinha passado pela última inspeção. Antes desta ocasião, a embarcação já tinha passado por outras 31. Em nenhuma dessas inspeções foi encontrado problemas.

A Cavalo Marinho I tinha passado por uma vistoria em abril para observar equipamentos como rádio, buzina e motores do barco. A próxima vistoria da Cavalo Marinho I seria realizada em outubro do ano passado. Nesta inspeção, seria observada a estrutura da embarcação. Antes disso, a última vez que o casco havia sido vistoriado foi em janeiro de 2016.24 de Ago // G1 | Bahia