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Câmara registrou por engano suposta entrada de Adélio no dia de atentado contra Bolsonaro

21Set // Foto: Fabio Motta/Estadão | Política
Uma investigação interna chegou a ser aberta na terça (18), mas, de acordo com o diretor do órgão, Paul Pierre Deeter, o caso foi elucidado ao se constatar que o funcionário acessou o sistema para checar se havia alguma informação de que o autor da facada já teria estado no Congresso anteriormente segundo informações do Estadão/Broadcast.

"Como o caso teve grande repercussão na mídia, o funcionário quis fazer essa busca, mas acabou registrando o nome de Adélio no sistema 4 horas depois do fato", afirmou Deeter. Para o diretor, não houve má-fé neste caso porque há o registro de que o recepcionista acionou seus superiores imediatamente para relatar o ocorrido.

Como o sistema usado é antigo, o dado não pode ser apagado e acabou permanecendo. A investigação, que não chegou a gerar um inquérito, será arquivada. De acordo com Pierre Deeter, já há autorização da Casa para a compra de um novo sistema de registro de entrada e saída. O Estadão/Broadcast havia confirmado a informação de que Adélio poderia ter entrado na Câmara no último dia 6 de setembro, dia em que ele atacou Jair Bolsonaro.

O ofício informando que uma investigação tinha sido aberta foi enviada ao terceiro-secretário da Casa, deputado JHC (PSB-AL). O documento não dizia porém, quais seriam os horários em que o agressor teria estado no Congresso. Adélio foi preso logo após a facada, que aconteceu no início da tarde.

Logo após o incidente com Bolsonaro, JHC fez um primeiro pedido de informações para saber se Adélio havia estado no Congresso. A Casa identificou que ele esteve na Câmara em 6 de agosto de 2013 mas também não informou para onde ele teria ido ou com qual parlamentar poderia ter se encontrado. Por isso, JHC fez um segundo pedido de informação para que novas buscas fossem feitas no sistema da Casa e os registros incorretos foram encontrados.