Marina Silva, candidata da Rede à Presidência, disse na tarde deste domingo (16) que o ataque feito à rede social de mulheres contrárias a Jair Bolsonaro (PSL) mostra que há grupos tentando influenciar as eleições de maneira ilícita. Ela fez as declarações após uma caminhada na feira da Liberdade, na região central de São Paulo.
"Estamos diante de uma situação semelhante à que aconteceu nos Estados Unidos: setores autoritários querendo influenciar as eleições, abusando do poder econômico, de forma ilícita, para atrapalhar o processo democrático". Segundo ela, esse tipo de prática "está ganhando proporção inaceitável".
A candidata se referia à invasão feita por hackers ao grupo de WhattsApp que reunia mais de um milhão de mulheres, chamado "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro". Nos EUA, procuradores investigam qual foi a influência de hackers russos na eleição do presidente Donald Trump. Há indícios de que houve invasão em site dos democratas e de sua candidata derrotada, Hillary Clinton, e de que russos manipularam informações no Facebook.
Tudo isso para beneficiar Trump. Marina comparou o ataque ao grupo de mulheres com o que a sua campanha sofreu na campanha de 2014. Naquela disputa, o site da candidata chegou a ficar fora do ar após sofrer ataques de hackers. Os computadores usados no ataque estavam em ministérios em Brasília e na sede da Petrobras, o que levantou a suspeita de que o PT estaria por trás da invasão.
A suspeita nunca foi confirmada. A candidata da Rede classificou a invasão ao grupo anti-Bolsonaro como um resquício da ditadura: "Ninguém tem o direito de fazer esse tipo de invasão antidemocrática, autoritária, preconceituosa e machista". Informações do Folhapress16 de Set // Foto: Wenderson Araujo | Eleições 2018
