
Decreto publicado no Diário Oficial da União em 14 de maio, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), estabelece que os nomes escolhidos pelas universidades e institutos federais serão avaliados pela Secretaria de Governo e que o governo terá prerrogativa de nomear reitores ou vice-reitores que não constem na lista tríplice.
Além disso, define que o ministro da secretaria de Governo terá competência “para exoneração e dispensa” dos reitores. A UFRB é uma das primeiras universidades federais em que Bolsonaro quer escolher o reitor.
“Solidarizo-me à comunidade acadêmica da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), instituição criada no governo Lula, que sofre, além de cortes orçamentários, essa perseguição política, de viés ideológico, que viola a sua autonomia e a Constituição. A lista tríplice é uma conquista da comunidade acadêmica, da democracia, que o governo Bolsonaro, em atitude autoritária, quer destruir, com o objetivo de aparelhar uma instituição que tem transformado o recôncavo baiano pela educação, pesquisa e inovação”, afirmou o parlamentar.
“A UFRB é a universidade mais inclusiva do Brasil, com mais de 50% de seus alunos formados por estudantes de baixa renda e da região. Isso é uma conquista alcançada graças à autonomia universitária”, ressaltou o parlamentar.
Nomes – Votação nominal em fevereiro deste ano elegeu para compor a lista para reitor os professores Georgina Gonçalves, Tatiana Velloso e Fabio Josué Santos. Para o cargo de vice-reitor os mais votados foram José Pereira Mascarenhas, Renê Medeiros de Souza e Josival Santos Souza. A UFRB disse, em nota à imprensa, que continuará tomando todas as medidas para garantir a posse do novo reitor com base na lista tríplice. A Universidade Federal do Recôncavo Baiano possui mais de 12 mil estudantes, sendo 50% oriundos de escola pública, e, destes, 25% tem renda familiar igual ou menor que 1,5 salário mínimo per capita.