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Estúdio no recôncavo baiano era usado para gravar cenas de abuso contra crianças; prisões aconteceram em Cruz das Almas e Aratuípe

A Polícia Civil encontrou um estúdio onde eram feitas fotos e gravações de vídeos de abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes, durante a operação de combate à pedofila do Ministério Público, batizada de Dirty Web onde o conteúdo é compartilhado). O local usado pelos criminosos fica na cidade de Aratuípe, recôncavo baiano, e servia como ponto de disseminação como também de produção do conteúdo. Uma pessoa foi presa na cidade.
“São fotos e vídeos com crianças mantendo relações sexuais com adultos. Cenas repugnantes”, declarou a promotora Ana Emanoela Cordeiro, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).
Ainda no estúdio, a polícia encontrou brinquedos e medicamentos, indícios de que crianças eram levadas para o local. “Bichos de pelúcia, roupas infantis, doces, dvd’s infantis e até medicamentos, supostamente usado para dopar pessoas, foram apreendidos na operação. São fortes elementos de que algumas das fotos e vídeos foram produzidos no estúdio”, disse a promotora.
Prisões
Os policiais cumpriram mandado de prisão e busca apreensão no município de Cruz das Almas e outras cidades da Bahia. Inicialmente, a assessoria de comunicação do MP divulgou o total de 12 presos, mas a informação foi corrigida durante a coletiva de imprensa na manhã desta quinta.
As investigações duraram mais de seis meses após denúncia da polícia de São Paulo para a cidade de Itamaraju, no sul do estado. “Ao receber a denúncia, comecei a apurar e descobrir vários casos no estado”, disse o promotor João Paulo Costa, titular da Vara Criminal e da Infância de Itamaraju, responsável pela emissão dos mandados.
Colaboraram, ainda, com a ação a Polícia Civil do Estado da Bahia, através do Departamento de Polícia do Interior (Depin), do Comando de Operações Especiais (COE), do Departamento de Polícia Metropolitano (Depom) e do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), além de diversos promotores de Justiça do Estado, que auxiliaram no cumprimento dos mandados. Correio da Bahia
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