
“Eu tinha ido para o trabalho e quando eu estava lá, fazendo o serviço, vieram várias mensagens de pessoas falando que o policial estava procurando quem foi que tinha feito o vídeo e que poderia ter caso até de represália. Eu decidi não voltar para o bairro, não dormir em casa, porque eu não sei o que poderia acontecer”, relatou o jovem.
O comandante da Polícia Militar, Anselmo Brandão, disse que não recebeu denúncias de ameaças, mas garantiu que vai prestar todo apoio e proteção necessários ao jovem. O rapaz disse que depois de fazer o vídeo, pensou em apagá-lo, mas o adolescente que foi vítima das agressões pediu as imagens para ele.
“Tive medo da represália. O rapaz percebeu que eu fiz a gravação e me pediu, dizendo: ‘Mande pra mim, que eu vou mandar pra minha mãe. Da outra vez que eu cheguei em casa com o olho roxo, eu disse que tinha sido um PM e minha mãe não acreditou’. Eu ia até apagar. Eu achei que ele ia mandar só pra mãe dele e, quando vi, já tinha repercutido”, contou.
O Coletivo de Entidades Negras pediu proteção para a testemunha e segue atuando no caso. O coordenador do projeto, Yuri Silva, contou que a PM se comprometeu a realizar ações de conscientização com as tropas. Nesta última quarta-feira (5), o comandante da PM realizou um encontro com a vítima e a mãe dela. na ocasião, Anselmo Brandão pediu desculpas pelas agressões. Ele informou que as imagens mostram que o policial cometeu um ato infracional. G1