O empresário Cristiano Pereira dos Santos e irmão do professor Galeno, pré-candidato a prefeito em Muniz Ferreira, recebeu do auxílio emergencial. A esposa do empresário, Jaqueline Vieira dos Santos também recebeu o auxílio. As informações foram obtidas pela nossa reportagem no Portal da Transferência. O auxílio emergencial de R$ 600 foi criado para ajudar quem perdeu renda nesta pandemia. Mas, para ter direito, a família não pode ter ninguém que receba mais do que R$ 522,50 por mês. Apesar do critério, um terço das famílias das classes AB, com renda mensal mínima de R$ 1.780 por pessoa, solicitou o benefício e, desse total, 69% conseguiram, de acordo com pesquisa qualitativa feita pelo Instituto Locomotiva. Já́ nas favelas, a média de aprovação foi menor (61%), mas o montante que precisou pedir o socorro financeiro foi duas vezes maior: 65% de pedidos, como mostra o estudo do Data Favela. Nos bairros mais pobres, onde 57% dos moradores perderam mais da metade da renda, esse dinheiro tem sido mais usado para comprar comida. Denúncias feitas nas últimas semanas mostram que jovens de classe média, servidores aposentados e até́ mesmo empresários tem burlado o sistema, omitindo a renda da família na hora de preencher o cadastro da Caixa Econômica Federal. A assim como acontece na declaração do Imposto de Renda, muita gente acaba omitindo informações sobre os ganhos. O governo já́ possui vários bancos de dados como PROUNI, FIES e CAD Único e do Bolsa Família. Mas precisa
interligar essas informações para que, num momento de crise como essa pandemia, consiga cruzar esses dados de forma rápida e eficiente, para que a ajuda chegue a quem realmente precisa, que são para as pessoas em situação de vulnerabilidade, para quem os efeitos são sempre mais abruptos. O empresário Cristiano Pereira dos Santos, cadastrado e aprovado recebeu do auxílio emergencial, assim como a sua esposa. O morador da cidade de Muniz Ferreira recebeu a segunda parcela. Essa falta de mapeamento e um exemplo de como a desorganização dos dados dificulta a ajuda para quem mais precisa. Não existem pesquisas que visam captar famílias mais vulneráveis. Isso é um problema crônico que precisa ser resolvido.