“Se isso se materializar a situação fica muito complicada em uma aliança na chapa majoritária com o PP. Não é fácil. Espero que isso não se materialize, mas se materializando isso não é fácil. Aí nós vamos ter que discutir alternativas”, disse Rui à imprensa nesta quarta. O diálogo com João Leão, cacique do PP na Bahia e um dos vices presidentes do partido nacionalmente, será no sentido de pensar em alternativas para manter a base unida e tentar remediar a situação.
Segundo Rui, além da chapa majoritária, a filiação de Bolsonaro ao PP também impacta os parlamentares da sigla. Para justificar a leitura, o governador da Bahia citou a avaliação do presidente da República no Nordeste e no estado. “Acho que os parlamentares do PP não desejarão estar ao lado de alguém que tenha 80% de rejeição na Bahia”, comentou.
A avaliação de Rui é de que o voto do eleitor de Bolsonaro não se enquadra no perfil do eleitor dos deputados do progressistas da Bahia, sendo assim, o gestor prevê dificuldade para os parlamentares da sigla nas eleições do ano que vem. “Esse eleitores do Bolsonaro não votam nos parlamentares do PP, eles não ganharão esse voto, então é muito arriscado para os parlamentares, vou buscar Leão e a direção do PP para conversar”, disse. Rui destacou que não existe rompimento “com as pessoas do PP” ao reforçar que o foco no momento é avaliar e pensar em alternativas. “Nenhum rompimento previsto. Nossa relação continua excepcional com Leão e os deputados do PP”, completou o petista. (Bahia Notícias)Foto : João Brandão/Metropress