Depois da divulgação nesta quinta-feira (16) da pesquisa Datafolha, indicando estabilidade nas intenções de voto de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), a equipe do petista avalia que a “movimentação de votos” em São Paulo irá definir se haverá, ou não, segundo turno na eleição presidencial.
Os assessores de Lula avaliam que se Tarcísio de Freitas parar de subir e Rodrigo Garcia seguir crescendo, Bolsonaro terá atingido seu teto no Estado, beneficiando o ex-presidente.
Segundo o último Datafolha, Lula ficou com os mesmos 45% do levantamento anterior, enquanto Bolsonaro oscilou negativamente de 34% para 33%.
Em São Paulo, Lula cresceu e o presidente da República recuou. Enquanto o petista passou de 40% para 43%, Bolsonaro recuou de 35% para 33%.
Na disputa estadual, Fernando Haddad (PT) oscilou de 35% para 36%, Tarcísio de Freitas (Republicanos) de 21% para 22%, enquanto Rodrigo Garcia (PSDB) foi de 15% para 19%.
“A movimentação eleitoral de São Paulo irá definir se haverá ou não segundo turno”, disse ao blog um dos coordenadores da campanha de Lula. Segundo ele, o Datafolha pode ter mostrado que o bolsonarismo estaria cedendo espaço e “construindo seu teto” caso as próximas pesquisas confirmem que Tarcísio de Freitas, apoiado por Bolsonaro, parou de crescer.
Em sua avaliação, se esse cenário se confirmar, ele pode abrir espaço não só para o avanço do tucano Rodrigo Garcia, mas também para o crescimento da candidatura Lula, o que poderá caracterizar as condições para uma vitória de Lula ainda no primeiro turno.
O PT vai monitorar nas duas últimas semanas de campanha o comportamento dos eleitores indecisos e irá adotar uma estratégia para atrair o voto deles.
Se tiver sucesso, o voto útil, quando o eleitor decide votar num candidato com mais chances de vitória já na etapa inicial da campanha, pode entrar em cena movido muito mais pela rejeição aos candidatos, o que caracterizaria uma eleição de segundo turno já no primeiro. G1Foto: Ricardo Stuckert