O “clima de paz” entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o mandatário na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pode chegar ao fim com a apreciação de temas considerados “espinhosos” ao petista ainda relacionados a heranças da gestão Bolsonaro.
Antes do Carnaval, Lula viu o pepista colocar em votação, no plenário da Câmara, apenas temas de consenso, a exemplo de acordos internacionais do Brasil que precisam ser ratificados pelo legislativo.
A “trégua”, de acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, deve continuar ao longo da próxima semana, na mesma linha, com a prioridade sendo dada a projetos de consenso da bancada feminina, em razão do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.
Depois disso, no entanto, o presidente da Câmara levará ao plenário medidas provisórias da gestão Bolsonaro. Entre elas, a Medida Provisória (MP) que altera a lei dos benefícios fiscais concedidas para o setor de eventos.
Além disso, o parlamentar pretende começar a pautar as medidas provisórias editadas pelo governo Lula. A ideia dele, segundo aliados, é usar essas votações para testar o tamanho da base do petista na Casa Legislativa.
Entre elas, a que retoma o voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e a que reestruturou a Esplanada dos Ministérios. Nesses casos, o governo já sabe que enfrentará resistência não só da oposição, como de parlamentares do Centrão.
