A história da delegada Patrícia Neves Jackes, conhecida por sua firme atuação no combate à violência de gênero, revela uma realidade devastadora e contraditória. Por trás da imagem de uma defensora incansável dos direitos das mulheres, existia uma mulher que, em sua própria casa, vivia sob o peso da violência.
Patrícia, bacharel em Direito e especialista em Direito Penal, dedicou sua carreira a proteger as vítimas de feminicídio e a promover políticas de defesa dos direitos das mulheres. Sua trajetória inclui passagens por diversas delegacias, onde se destacou, especialmente no Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM) em Santo Antônio de Jesus, na Bahia. Ela se tornou uma voz respeitada na luta contra a violência de gênero, implementando medidas que buscavam oferecer suporte e proteção às vítimas.
Contudo, a verdade não contada é que, em sua vida pessoal, Patrícia enfrentava um cenário de abuso e agressão dentro de sua própria casa. As investigações revelaram que, mesmo com toda a sua formação e conhecimento sobre a legislação e os direitos das mulheres, ela se tornou uma vítima de violência doméstica. Essa dualidade traz à tona uma discussão crucial sobre a vulnerabilidade que muitas mulheres enfrentam, independentemente de sua posição social ou profissional.
O caso de Patrícia Jackes expõe as fragilidades do sistema de proteção às mulheres e a necessidade urgente de uma rede de apoio mais robusta. Mesmo aquelas que são defensoras dos direitos humanos podem se encontrar em situações de risco. A história dela é um chamado à ação, enfatizando a importância de se criar um ambiente onde todas as mulheres, independentemente de sua profissão ou status, possam se sentir seguras e protegidas.
A luta de Patrícia não deve ser apenas lembrada por seu trabalho, mas também como um alerta sobre a necessidade de um combate eficaz à violência de gênero, que inclui não apenas a proteção legal, mas também um suporte emocional e social que permita que todas as mulheres possam viver sem medo de agressões em seus próprios lares.