Ricardo Stuckert/PT
Nas demais capitais, o partido apoiou candidatos da coligação. O PT reduziu em 7% o número de candidaturas para todos os cargos nas eleições deste ano. Além disso, decidiu reforçar candidaturas onde perdeu, como no Centro-Oeste e Sul, e reduzir em seus redutos tradicionais. Especialistas apontam que essa decisão faz parte de uma estratégia política de alianças locais, com o partido optando por apoiar candidatos com maiores chances de vitória.
Cenário pelo país
No Ceará, a vitória de Evandro Leitão (PT) para a prefeitura de Fortaleza, que já é comandada pelo partido, torna a capital o principal reduto petista no país. Dirigentes do partido avaliam que o resultado positivo em Fortaleza coloca Camilo Santana, atual ministro da Educação de Lula, como um dos possíveis sucessores do presidente.
Em João Pessoa, o PT tinha candidatura com o deputado estadual Luciano Cartaxo, mas que não conseguiu avançar na disputa para o segundo turno. Com isso, o partido apoiou o candidato do PP, Cícero Lucena, que venceu Marcelo Queiroga do PL.
Belém, no Pará, é mais uma das capitais do Nordeste que não teve candidato do PT, mas um nome apoiado pela sigla: Igor Normando, do MDB. Igor saiu vitorioso com 56% dos votos contra Eder Mauro, que é do PL, partido antagônico do PT.
Em Aracaju, capital de Sergipe, o PT também tinha uma candidata, Candisse Carvalho. No entanto, ela obteve apenas 9% dos votos e não seguiu na disputa. Com esse resultado, o partido apoiou Luiz Roberto (PDT) no segundo turno, que enfrentava o PL em uma tentativa de evitar que o partido de oposição conquistasse a cidade, mas a estratégia não teve sucesso.
Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o partido apostava na vitória com Natália Bonavides (PT), deputada estadual que tentava o executivo municipal. Lula chegou a visitar a cidade para demonstrar apoio e fortalecer a candidata contra o União no segundo turno. Apesar disso, Paulinho Freire (União) ganhou com 55,40% dos votos.
No Rio Grande do Sul, a candidata do PT, Maria do Rosário, não conseguiu levar na disputa contra Sebastião Melo (MDB), que conseguiu a reeleição. A aposta do governo em uma candidatura própria em uma capital onde o bolsonarismo tem força era na atuação do governo federal na crise com as enchentes. Em São Paulo, o partido não tinha um nome, mas apoiava Guilherme Boulos (PSOL), que perdeu para o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). G1