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Deputado federal bolsonarista acusado de abusar de menor de idade é baiano e dono de faculdade particular; veja mais


 O deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL-GO), alvo de uma investigação da Polícia Civil por suspeita de abusar de um menino de 13 anos, é natural da Bahia e proprietário de uma faculdade em Goiânia. Na quinta-feira (12), agentes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão contra três pessoas denunciadas por invadir a residência do menor para apagar imagens comprometedoras que estariam no celular dele.

Também na quinta, o deputado votou a favor da proposta que determina a castração química de pessoas condenadas por crimes sexuais contra menores de idade. Caso a acusação se desenvolva e ele seja condenado, o político pode pegar até 15 anos de prisão.

Natural de Remanso, no norte do estado, o Alcides Ribeiro, de 71 anos, é professor, empresário, escritor e político brasileiro. Formado em pedagogia, economia e administração de empresas, já foi vereador por dois mandatos, em Aparecida de Goiânia, e eleito deputado federal por Goiás em 2018.

Segundo informações do Metrópoles, o político, nas eleições municipais deste ano, ele declarou possuir R$ 9,4 milhões em bens. Ele teve apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ficou em segundo lugar na disputa pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia, sendo superado por Leandro Vilela (MDB).

Alcides é proprietário da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), localizada no Jardim das Esmeraldas, em Goiânia. Ele, inclusive, já se envolveu em polêmia na instituição de ensino. Em 2021, o deputado discutiu com alunos da faculdade que cobravam a matrícula de dois estudantes. Irritado, ele chamou uma jovem de “p*ta”, o que gerou uma briga entre os seguranças dele e os estudantes.

Após a situação, a faculdade emitiu nota afirmando que o vídeo havia sido “editado de forma seletiva e maldosa antes de sua divulgação” e acusou a aluna de “armar” o episódio para gerar a exposição do parlamentar.

Investigações

A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra três pessoas denunciadas por invadir a residência do menor para apagar as imagens que estariam no celular dele.

Um segurança e um assessor do deputado estão entre os presos, suspeitos de ameaça e roubo. Segundo as investigações, a dupla entrou armada na casa do adolescente para excluir as provas de uma suposta relação sexual entre o menino e Ribeiro. De acordo com o Metrópoles, a família afirma que os abusos começaram quando o menino tinha apenas 13 anos. Hoje, a vítima tem 16.

Em 2016, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) denunciou que o Professor Alcides Ribeiro assediava menores que jogavam nas categorias de base do Atlético Goianiense, clube rebaixado para a Série B neste ano. Em depoimento, a mãe do menino afirmou que o deputado atraiu o filho, que sonhava virar jogador de futebol, justamente com a promessa de ascender no time goiano.

O crime de estupro de vulnerável é caracterizado pela conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos, independentemente do consentimento da vítima. Atualmente, a pena para esses casos é de 8 a 15 anos de prisão. Caso o projeto na Câmara seja aprovado, a punição vai para 18 a 23 anos de detenção. Informações do Bocão News

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