Últimas News

Jovem de 26 anos fica paraplégica após espremer furúnculo e quase morre: ‘tentei tirar o pus’: VEJA VÍDEO


Mãe de um menino de três anos, Jessica da Silva Avelino não imaginava que sua vida mudaria completamente depois de tentar espremer um furúnculo no braço. A jovem de 26 anos, moradora do Espírito Santo, contou sua história para coluna ‘Viva Bem’, do portal Uol, e surpreendeu com o relato de quase morte.


Tudo começou em novembro de 2023, quando ela percebeu um furúnculo no braço esquerdo. “Nunca tinha tido um na vida, foi a primeira vez. Tive a atitude de tentar tirar o pus e nunca imaginei que isso mudaria toda a minha vida”, conta ao detalhar que a atitude teve as primeiras consequências. “Depois que apertei, ficou bastante inchado e muito vermelho ao redor. Comecei a usar soro fisiológico e tampava a região”.


Apesar do cuidado, Jessica relata que começou a sentir muitas dores, a ponto de precisar ser internada, mesmo depois do uso de muitos medicamentos que atuaram de forma paliativa. “Fui internada com suspeita de meningite e, em 30 de novembro, os exames mostraram uma bactéria no sangue. Logo depois, minhas pernas começaram a formigar. Comecei a andar pelo quarto tentando aliviar, mas no momento em que sentei, não consegui mais levantar. A paralisia já tinha tomado as duas pernas”. 


A jovem lembra que precisou ser hospitalizada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de forma imediata, com risco de morte. “Fui rapidamente para a UTI, onde comecei a tomar antibióticos fortes. A bactéria poderia se espalhar pelo corpo e levar à morte ou deixar sequelas graves. Fiquei uma semana na UTI. Depois, fiz uma cirurgia para verificar se havia algo comprimindo a medula. Na região T7 [da coluna, na área do tórax] encontraram uma pequena quantidade de pus, mas nada estava comprimindo. Sem diagnóstico, fui transferida para outro hospital, em Vitória”.


Em sua nova internação, Jessica finalmente teve conhecimento do que se tratava. “Foi lá que os médicos descobriram que a bactéria se alojou na medula, causando uma inflamação medular, tudo decorrente do furúnculo. Fiquei mais 21 dias internada, tomando antibióticos. As dores lombares eram fortíssimas, agudas e constantes. Chorava dia e noite. Com o tempo, o antibiótico fez efeito, mas a paralisia permaneceu”.


“Os médicos explicaram que a paralisia ocorreu porque a bactéria se alojou justamente na região da medula responsável por transmitir informações para o cérebro. Como essa comunicação foi interrompida, meu corpo não responde da cintura para baixo. Mas existe uma chance de voltar a andar, já que foi uma inflamação e não houve lesão direta na medula”.


Atualmente, ela compartilha a rotina de tratamento nas redes sociais e afirma que não busca pensar em quando voltará a andar. “Hoje, vejo a vida de forma diferente. Aproveito o dia como se não houvesse amanhã. Voltei a fazer o que mais amo: dançar, sair e ser feliz —mesmo sendo cadeirante. Comecei a contar minha história em vídeos para alertar outras pessoas sobre o que pode acontecer. Meu objetivo é mostrar que viver com uma deficiência, seja ela qual for, pode ser uma aventura maravilhosa”.

Tags