Segundo o presidente do PSD baiano, o deputado não comunicou a mudança de rumo nem buscou diálogo interno antes do movimento, o que o senador classificou como uma “falta de respeito”.
“Foi uma surpresa. Nunca me falou nada. Venho há muito tempo apoiando ele. Foi prefeito de Ibititá com meu apoio, ganhou, se reelegeu e ajudamos a fazer o sucessor. Na primeira eleição vitoriosa dele, tanto eu quanto o senador Angelo Coronel (PSD) ajudamos. E ele não avisou nada, não estou sabendo de nada. Faltou com o respeito pois não me deu satisfação”, declarou Otto.
O senador avaliou que a atitude representou uma “falta de dignidade política”, sobretudo após anos de apoio do PSD à trajetória de Cafu. “Ao menos para me dar uma satisfação… Já que está se deslocando, devia ter me procurado”
Otto também afirmou que o deputado é livre para deixar o PSD antes mesmo da janela partidária de 2026. “Não pretendo expulsá-lo; nunca tive espírito de vingança. Se ele quiser sair, é livre para sair”, destacou.
O senador ainda lembrou momentos de apoio direto a Cafu quando o deputado era prefeito de Irecê. “Me lembro de uma noite, em Irecê, quando ele pediu para fazer uma estrada em Canoâo, o lugar que ele nasceu em Ibititá, e nós trabalhamos para viabilizar isso”.
Apesar da crítica, o presidente estadual do PSD disse desejar sorte ao parlamentar. “Ofereço aos que ficaram todas as condições. O PSD tem vários nomes lá, bons prefeitos. Tenho a consciência tranquila: ninguém fez por ele o que eu fiz — e ninguém vai fazer”, declarou. Política Livre

