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Presença de Alan em SAJ provoca ciúme: "Antes Euvaldo protegia o seu único deputado, hoje não é assim"




Em entrevista à Recôncavo FM, no Programa Acorda Cidade o deputado estadual Alan Sanches (PSD) comentou sobre a questão do assédio moral em relação aos servidores da prefeitura municipal, após denúncia da presidente do SINDSERV de Santo Antônio de Jesus Sheila Sueli, cargos comissionados e nomes cotados para sucessão do governo do estado e desabafa sobre o incômodo de alguns políticos com a sua presença no município.
Marcus Augusto: Sobre a questão do assédio moral contra alguns servidores da prefeitura municipal citada pela presidente do SINDSERV o senhor tem alguma opinião a dar sobre o assunto?
Alan Sanches: Marcus, acho isso um absurdo, imaturidade das pessoas ou até um pouco de falta de educação. Após uma eleição a cidade será governada para todos, tanto para quem ganhou quanto para quem perdeu, e acredito que o prefeito Humberto Leite não tem consciência do que está acontecendo, mas a partir do momento que ele souber dessas informações tomará uma providências. A partir dessas denúncias que estão ocorrendo, não tenho dúvidas que Humberto Leite não concorda com isso e vai punir quem está humilhando pessoas. Por eu ser um agente público, também utilizo das redes sociais e chego também a levar críticas ácidas. Quando a pessoa tem preferência por um político, o outro que está na concorrência começa a não prestar de forma alguma, tudo que o outro fizer é mentira e não contribui para a cidade, mas acho que essas coisas precisam ser revistas e tenho certeza de que a partir de agora essas pessoas que praticam esse tipo de atitude vão começar a serem punidas, já que se trata de um crime, muitos órgãos de defesa vão coibir isso que existi na internet, lamentável.
Marcus Augusto: O senhor na Assembleia Legislativa tem sinalizado o nome do vice-governador Otto Alencar (PSD) como candidato ao governo do estado, é verdade?
Alan Sanches: Preciso ter muito cuidado ao falar, pois sou líder do PSD e acabo coordenando a bancada de 10 deputados estaduais, a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa. Primeiramente colocarei a opinião pessoal: Otto Alencar é um nome ‘natural’ e não um nome imposto, ninguém vai enxergar nenhuma faixa de Otto e nem outdoors pela Bahia, pois sabemos que ele já foi conselheiro do tribunal de contas, já foi governador, vice-governador, secretário de saúde, secretário de indústria e comércio, presidente da assembleia, deputado estadual mais votado, ou seja, ele tem uma história de conhecimento no estado e isso o coloca um candidato natural. O que se perguntar sobre o estado ou sobre o país ele sabe, mas nem só de natureza a política funciona. Hoje, devido ao PT ter a majoritária, tem também a preferência e qualquer partido seria do mesmo jeito. Mas nós temos hoje uma base aliada com diversos partidos de mais de 45 deputados que também vão querer contribuir, no entanto, o timoneiro desse processo é Jaques Wagner (PT) e Otto é extremamente fiel, por isso é o nome que representa. O nome de Otto não precisa crescer, pois já é do tamanho ideal e se tiver que ser Otto, será, mas acredito que é cedo para revelar, já que Wagner anunciou que em dezembro deve estar saindo o nome. Acho que se tiverem candidatos viáveis o que a gente quer é que o nosso projeto que está dando certo seja vitorioso. Nós temos excelentes candidatos que ainda não estão sendo citado, como Rui Costa, Walter Pinheiro, Sérgio Gabrielle, Caetano, Jorge Solla, cheio de bons nomes, no entanto quem decidirá é o conjunto de todos os partidos e o capitão Jaques Wagner.
Marcus: Teve alguma questão relacionada ao excesso de cargos comissionados quando o senhor foi presidente da Câmara de Salvador?
Sanches: Com relação a isso vou pagar uma multa de R$ 1.500,00, mas quem cria os cargos não sou eu e sim o plenário, composto por 43 vereadores. Quando se bota o excesso de cargos comissionados hoje lá em Salvador, cada vereador tem direito a 26 assessores. Falaram que a gente tinha mais 900, mas esses 960 já são os cargos para atender aos vereadores, quando eu cheguei à presidência na Assembleia Legislativa já existia essa quantidade de cargos, infelizmente ou felizmente não existe ainda concurso público para assessor de vereador, é de fato o cargo comissionado. Quando se coloca 20 ou mais cargos para cada gabinete com 43 vereadores já se tem um montante de quase mil cargos. Na administração de Paulo Câmara foram criados e aprovados na lei alguns cargos da assessoria de comunicação – colocando para status de diretoria que merece ser respeitado – procuradoria da Câmara que também é cargo comissionado e cargos para a liderança, enfim, não sou eu quem cria, mas hoje o rigor do tribunal de contas é extremamente grande.
Marcus: O senhor tem estado muito presente em Santo Antônio de Jesus e isso de certa forma tem também causado certo incômodo em algumas pessoas. Como o senhor analisa esse fato?
Sanches: Encontrei na minha vida política uma liderança forte, Otto Alencar, que esteve junto comigo antes de qualquer pleito dele, a gente já conversava antes e a partir do momento da criação do PSD na Bahia, ele me disse que queria que eu fosse o presidente municipal do PSD na capital e aí eu aceitei esse desafio. A partir desse momento que Otto começou a perceber confiança e credibilidade, o que gerou uma certa inveja, pois quem reporta as palavras do vice-governador é o líder, ou seja, eu. Em Santo Antônio de Jesus isso começou a despertar muito ciúme, pois antes o próprio Euvaldo Rosa tinha o seu único deputado e o protegia muito, ele fazia os eventos e o chamava para tirar fotografias, na administração de Humberto isso não mas acontece, ele quer todos no "palanque".
Coloquei o nosso mandato em evidência com muito trabalho, o Distrito Industrial aqui foi um pleito antigo e quando eu fui fomentado a entrar nessa luta entrei de cabeça, como sempre faço. Conseguimos desatar alguns nós que tinham e com isso fomos a Otto, conseguimos um convênio entre o DERBA e a secretaria de James Correia que é da indústria e comércio, Otto sinalizou positivamente e fechamos o cerco. Com isso acabou gerando mais uma vez ciúmes, tudo foi filmado e fotografado. Depois estive presente como médico e sabia as dificuldades por entender o que se passava a Santa Casa da cidade, o Hospital Luís Argolo, que é um patrimônio da região e a gente sabe que durante alguns anos venho sofrendo demais, então, eu por ser deputado, por ter sido votado aqui, eu tenho obrigações e o que eu puder fazer pela cidade e região eu farei. Se me chamam para um embate eu estarei lá, se outras vezes eu não estava tão presente é por que eu não era solicitado, nós conseguimos a indicação do Everaldo na 4ª DIRES que é incontestável a gestão que ele faz por ser uma pessoa extremamente com a cabeça que não para, costumo dizer que Everaldo é pior que eu, pois só faz trabalhar, ele não para, e isso incomodou essa gestão dele e quando faço uma indicação que começa a trabalhar bem isso é positivo para mim. Hoje trabalho como médico como sempre gosto de fazer, é uma forma de estar aqui, daqui a pouco estarei no HRSAJ contribuindo com o que eu sei por ser médico, enfim, isso realmente incomoda, mas não é a minha intenção, a minha intenção mesmo é dar o retorno que o povo da cidade me deu, com muito empenho e luta, estaremos aqui lutando e buscando melhorias, nós fazemos a diferença.
Redação Voz da Bahia - Laiana Vieira