Aniversário de emancipação política de Salinas da Margarida, município situado no Recôncavo Baiano.
Em 1891, eles registraram a mesma denominando-a “Companhia Salinas da
SALINAS DA ,MARGARIDA – 55 ANIVERSÁRIO
Margarida Sociedade Anônima” ;
Em 1901, o local é elevado à categoria de Freguesia, subordinada ao Distrito de Itaparica;
Em 1914, o Arcebispo da Bahia – Don Jerônimo Tomé da Silva eleva a Freguesia a Matriz – Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Salinas da Margarida; Em 1943, em pleno vigor da 2ª Grande Guerra Mundial, em Salinas, os Aliados (Estados Unidos, Inglaterra. Brasil, principalmente) estabeleceram, aqui, a Estação de Rádio PWF – 4. a fim de detectar possíveis transmissões de informações de espionagens, em favor do Eixo inimigo (Alemanha, Itália, Japão). Em 1969, a mesma foi transferida para a Base Naval de Aratu, porque não havia mais perigo de guerra. Em 1960, houve uma grande campanha de emancipação de Salinas, liderada por Manoel Dias de Albuquerque, O Deputado Estadual Padre Palmeiras, com o apoio do Governador da Bahia – Juracy Magalhães; Em 27 de julho de 1962, finalmente, Salinas da Margarida conseguiu sua emancipação política de Itaparica.
Todavia, ela nasceu mesmo, de fato, no ato da constituição da Companhia Salinas da Margarida, pelos senhores Manoel de Souza Campos e Horácio Urpia Júnior, Dois meses depois. Isto é, em 7 de outubro de1962, pela primeira vez, foram realizadas eleições municipais, sendo eleito Prefeito, o Sr. Manoel Dias de Albuquerque. E no dia 7 de abril de 1963, tomou posse à primeira Câmara de Vereadores, em cerimônia dirigida pelo Juiz de Paz Asclepíades Teles Franca.
Reviver o passado é muito importante para o conhecimento histórico dos jovens de hoje, para que as gerações futuras saibam como nasceu e foi constituída sua terra natal, relembrem os nomes de seus antepassados ilustres que deram o máximo de seus esforços para que hoje, vivam e respirem o ar puro da liberdade e conforto de uma cidade progressiva e aprazível de se viver.
Por que o nome SALINAS DA MARGARIDA?
A história de Salinas das Margarida se faz intrigante a partir da origem do nomedado ao município. O nome tem sua história contada de várias formas, que se desmembram em lendas que são passadas até os dias de hoje de geração para geração. Umas delas é justamente de onde vem o nome Margarida que tem romântica, a qual fora cogitado a ideia de uma homenagem do Comendador Manoel de Souza Campos à sua esposa, que supostamente chamava-se Margarida. Porém esta história a qual seria uma homenagem a um membro da família do então citado Comendador Souza Campos não passa de uma lenda que é confirmada através dos dados históricos identificados através de biografias.
uma versão
O Comendador Campos, Manoel de Souza Campos, fora nascido no estado de Sergipe em 25 de dezembro de 1838, e passou a residir na capital baiana a partir dos seus quartorze anos. Ao longo dos anos, empregou-se como caixeiro no escritório do negociante Vicente do Amaral e tempos depois montou seu próprio negócio e paulatinamente foi alcançando às culminâncias da vida comercial. Casou-se com D. Guilhermina Gomes Marelim, tendo o casal três filhos: Leonor de Campos Devota, Manoel de Souza Campos Filho e Porcina Campos. Diante deste fica perceptível que a versão romântica dada ao nome do município é meramente fantasiosa não correspondendo a nenhuma homenagem do Comendador à esposa, ou mesmo à família, não tendo algum fundamento.
Inconformado com o atraso de sua terra natal, Salinas da Margarida, o então distrito de Itaparica, o Sr. Manoel Dias de Albuquerque, conhecido como tenente Leozinho, trabalhou junto ao deputado, Padre Luís Palmeira, seu amigo desde Vitória da Conquista, e conseguiu aprovar o projeto de lei que emancipava Salinas, desmembrando-o de Itaparica, mesmo contra a vontade de alguns políticos locais da época.
Com as modificações ocorridas no mapa geográfico do estado em virtude da criação de novas unidades políticas, os atuais limites são: ao norte município de Saubara (parte desmembrada município de Santo Amaro) e a Baía de Todos os Santos; ao sul, municípios de Jaguaribe e Vera Cruz (parte desmembrada do município de Itaparica); a leste, município de Itaparica; a oeste, município de Maragogipe.
Salinas dista de Salvador, por acesso rodoviário direto 265 km e utilizando o sistema ferry-boat, faz o percurso rodoviário de 52 km até o Terminal de Bom Despacho, localizado na Ilha de Itaparica, e daí mais 13 km de travessia oceânica, até Salvador, dando um total de 69 km. Por via marítima direta o percurmilhas.
só é feito em 11
O município de Salinas da Margarida é banhado pelas águas da Baía de Todos os Santos e está localizado entre a latitude 12º52’16” sul e longitude 38º45’52” oeste abrangendo segundos dados do IBGE, uma área de 148,33 km² tendo em área continental de 65 km². Possui um clima de úmido a sub-úmido tendo em sua biodiversidade uma caracterização de floresta ombrófila densa contando com um importante e frágil ecossistema fluvio-marinho identificado como manguezal preenchendo grande parcela da costa municipal.
Outro aspecto de observação é a diversidade de paisagens produzidas pela geomorfologia traduzindo-se em baixada litorânea, planícies marinhas, eflúvio marinhas e tabuleiro do recôncavo .Distrito de Cairu no município de Salinas da Margarida, Recôncavo baiano.
Com uma área de 65 km², Salinas é compreendida pelos distritos de Dendê (Porto da Telha), Encarnação, Conceição de Salinas, Cairu e povoado de Barra do Paraguaçu. Os distritos de Mutá e Cações apesar de próximos da sede do município de Salinas, não pertencem ao mesmo, fazendo parte do município de Jaguaribe
.Salinas, como o próprio nome indica – designação de um espaço receptivo de águas marinhas, ricas em cloro e sódio (cloreto de sódio), matérias primas de sal, em ambiente propício para armazenamento e secagem, em grandes quantidades, e por isso, transformáveis em sais alimentícios e químicos, produtos de excepcional valor nutritivo e químico para infinitas aplicações químicas, em todo o Universo.
Por isso, dois grandes industriais Manoel de Souza Campos e Horácio Urpia Júnior estabeleceram aqui a Companhia Salinas da Margarina, em 1891 e registraram seus estatutos
Em 1901. Então, ficou bem configurado o nome SALINAS.
Mas, por que “DA MARGARIDA” ?
Todos, no princípio, pensam logo que Dona Margarida foi uma senhora vivente aqui, desde os primórdios da existência da localidade, proprietária ou não das terras, com personalidade marcante, índia ou não, o que é uma possibilidade.
Outra possibilidade cogitada era. Que os industriais tivessem designado o nome Margarida, em homenagem à esposa de um dos dois pioneiros. Mas não. Nenhum deles teve esposa ou descendente com esse nome. Então, a dúvida permanece.
Uma conclusão plausível, até lógica, porém, também, dúbia. O acesso a terra era somente possível por mar. Por conseguinte, os viajantes só adentravam a região, provindos do mar. Ao chegar, eles se deparavam com um imenso campo de flores malmequer (margarida), amareladas. Daí começou a denominar o local como “campo das margaridas. (Livro Salinas da Margarida –autor Almir Oliveira – pág. 34,35))
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